Diário de bordo da Volver. Música, dia a dia, brigas, histórias pra boi dormir e muitas outras coisas que acontecem com essa banda de rock, que só vendo pra crer!

segunda-feira, maio 30, 2005

Correio Braziliense destaca a Volver junto com Cachorro Grande

É pessoal, estamos tendo retorno das apresentações no centro do país. Nessa sexta passada, 27.05.2005, o Correio Braziliense destacou junto com o novo cd do Cachorro Grande, a Volver e o recém lançado "Canções perdidas num canto qualquer". Deêm uma olhadinha no que eles falaram. Volver neles meu povo! Ia esquecendo, todos os dois cds foram com três estrelinhas, muito bom!

Correio Brasiliense - 27.05.2005
CRÍTICA //

Volver - Canções perdidas num canto qualquer // ✰✰✰
(Senhor F Discos) - Primeiro disco da banda pernambucana.
Produção:Volver, Léo D e William P.
Lançamento: Senhor F Discos.
Preço médio: R$ 15
Enquanto o Cachorro Grande parece pouco confortável com a idéia de reproduzir a mistura de garage rock e Jovem Guarda, que virou sinônimo de rock gaúcho, os pernambucanos do Volver ainda estão contentes em brincar no playground de bandas como Graforréia Xilarmônica e Bidê ou Balde. Como eles, também espirram um tipo irônico e derramado de romantismo juvenil – só que não faz questão de dar muitos passos à frente. Dentro dessa limitação, capaz de podar quase todas as possibilidades de invenção de estúdio, mostram talento em faixas como Muito a sério, Canção perdida e, à frente de todas as outras, a sofrida "Sabor de choque elétrico", (um improvável casamento de Mutantes e Coldplay), que usam o formato envelhecido em prol de um tipo de apelo pop que pode fazer sentido para além do fã-clube de Frank Jorge. As letras de Bruno Souto acertam na despretensão e, com o produtor certo, seria até possível registrar em disco pelo menos um pouco do peso (saudável) que a banda demonstra no palco. Por enquanto, é curiosa promessa.
CACHORRO GRANDE // ✰✰✰ Pista livre (Deckdisc) Terceiro disco da banda gaúcha. Produção:Rafael Ramos. Lançamento:Deckdisc. Preçomédio: R$ 25A abertura, Você não sabe o que perdeu, caberia muito bem entre um The Hives e um Strokes em qualquer festinha sintonizada com as maravilhas de um velho tal de "novo rock". Mas, ainda que festeiro e desleixado na medida, o Cachorro Grande parece jogar com segurança ao tentar levar essa fórmula "sujinha" para um público maior e mostrar versatilidade. Em Pista livre, eles chegam a fazer estragos no quarteto Desentoa , Bom brasileiro, Longa-metragem e Interligado, canções capazes de arriscar saídas até ousadas para a fórmula do rock de terninho-gravata-e-cerveja. Se depender da banda, está claro que a idéia não é se enfurnar em uma caverna roqueira sem janelas para o mundo lá fora. Eles querem as rádios sim (e faixas como a lentinhaSinceramente estão aí para provar isso), e sem apelar para piadas fáceis demais. Com produção de Rafael Ramos, que ainda faz questão de evitar esportes sonoros muito radicais, cumprem parte do desafio com profissionalismo. Sem grandes surpresas, sempre a reciclar chavões do rock (tem música sobre estrada, e uma se chama (Agora eu tô bem louco), quase sempre eficientes – mas cobrar mais que isso seria cobrar demais? (Tiago Faria)