Diário de bordo da Volver. Música, dia a dia, brigas, histórias pra boi dormir e muitas outras coisas que acontecem com essa banda de rock, que só vendo pra crer!

quinta-feira, agosto 11, 2005

Resenhas pelo Brasil...

A matéria do Correio de Uberlândia:
http://www.jornalcorreio.com.br/v2/coluna_ver.aspx?id=32&data=


A evolução da Jovem Guarda
Banda Volver traz influência dos anos 60 em versão turbinada
ADREANA OLIVEIRA
Editora

"Canções Perdidas Num Canto Qualquer" é o título do primeiro disco da banda recifense Volver. Uma bela sacada no título e algo muito melhor por dentro dele. Ao apertar o play você poderá saber o que seria da Jovem Guarda caso continuasse sua evolução. Assim, Bruno Souto, vocalista e guitarrista, define sua banda. Com ele, Diógenes Baptisttella (guitarra, vocais), Fernando Barreto (baixo, vocais) e Mateus Doug (bateria) fazem um som com o melhor do rock dos anos 60 turbinado com o melhor do novo milênio. "Fazemos uma linha evolutiva da Jovem Guarda, mas temos referências que vão de Pink Floyd a Beach Boys, de Elvis a The Strokes e Frank Jorge a Pata de Elefante", diz o vocalista.
Em entrevista concedida no hotel em que ficaram hospedados em Cuiabá, onde se apresentaram no Calango Festival, ele e Diógenes demonstraram que, mais que ninguém, acreditam no próprio trabalho. "Você pode garimpar no cenário nacional atual e não vai achar alguém com uma sonoridade parecida com a nossa, e tudo feito nessa linha espontânea e verdadeira" afirmam.
A banda enfrentou 61 horas de ônibus de Recife a Cuiabá para um show de 30 minutos, e não reclamam. "Pelo menos na volta reduziremos dez horas na viagem porque não passaremos por Uberlândia", brinca Diógenes, sobre o trajeto feito na ida para Cuiabá. Apesar de apenas 2 anos de estrada, a experiência adquirida faz com que eles saibam que algumas oportunidades não são de se desperdiçar. O convite para o Calango surgiu durante o festival Bananada, em Goiânia, no qual foram parar depois de uma passagem memorável no Abril Pró-Rock, em Recife.
"Tenho consciência de que, como frontman da banda tenho que dar o melhor de mim em cada apresentação", diz Bruno. As pessoas que assistem ao show, público e imprensa, quanto mais impressionados ficarem, melhor para a divulgação da banda. "Na minha cabeça eu visualizo, nossa hora vai chegar", alerta Bruno. Para eles, uma mudança para São Paulo — considerada América dos músicos brasileiros — não está descartada e em breve partem para a capital paulista para um período de divulgação. Atualmente Bruno recebe seguro-desemprego, Diógenes trancou a faculdade e a intenção é fazer a banda virar. "Sabemos que Porto Alegre tem uma cena bem consolidada, mas parece que não sai daquelas divisas, nós queremos estar em todos os lugares". Para Bruno, a música do Volver é acessível, um pop sem estereótipos, algo como um pop de raiz e os Bealtes foram os primeiros! "É uma música que conquista, te faz querer ouvir em casa, aquela coisa simples estrofe-ponte-refrão." E precisa mais?
É pau na máquina
O primeiro demo do Volver saiu em agosto de 2003, quando a banda era apenas Bruno Souto (voz e guitarra) e Diógenes Baptisttella (guitarras). O embrião do primeiro CD, "Canções Perdidas Num Canto Qualquer" trazia as próprias "Você Que Pediu", "Lucy" e "Não Trate Ele Assim" e "Quero Que Você Desista", versão para "Are You Ready For The Fallout?" do grupo americano Fastball. As letras que falam de amores juvenis, desilusões, fracassos e volta por cima conquistaram os primeiros admiradores, entre eles, Fernando Rosa, do Senhor F discos, que apadrinhou a banda. Mateus "Doug" (bateria) e Fernando (baixo) se juntaram à Diógenes e Bruno pouco tempo antes de a banda se apresentar no festival Microfonia.
Para o Volver, as coisas acontecem rápido. Venceram o festival, entre 388 bandas inscritas, faturaram R$ 4 mil e mais a produção de um videoclipe. Mas, para eles, o prêmio máximo seria tocar no Abril Pró Rock e queriam estar com o disco pronto. O dinheiro ganho no Microfonia foi investido em um mês no Estúdio Mr. Mouse, em Recife, com Léo D. e William P., conceituados produtores da cena independente. "Quando o disco ficou pronto corri para o correio, literalmente, no dia seguinte, já estava com o Fernando Rosa", lembra Bruno. E claro, o lançamento em grande estilo aconteceu no Abril Pró Rock. São 11 canções rápidas, diretas bem diferentes do que o cenário nacional massificado tem conferido atualmente. "Muito Sério", "Com Sabor de Choque Elétrico" e "Quero Te Ver Bem (Longe de Mim)" com certeza darão algum recado por você. O Volver está satisfeito com o apoio recebido tanto pelo Senhor F quanto pela Monstro Discos, e quando o assunto é contrato com uma grande gravadora, eles não se preocupam por hora. "O papel da gravadora hoje é pagar jabá. A Trama está um passo a frente e se as outras não abrirem as portas ou então os selos vão tomar conta mesmo", diz Bruno. E isso é o Volver, uma banda que vai direto ao assunto e ponto.

SERVIÇO
BANDA: Volver (PE)
CD: Canções Perdidas Num Canto Qualquer
SELO: Senhor F Discos/ Monstro Discos
QUANTO: R$ 15
LETRAS NO ENCARTE: Sim
SITE: www.volver.com.br, www.tramavirtual.com.br/volver
SHOWS: 81-8806-8849 (Maurício Guenes) e 81-9927-2234 (Bruno)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

porra, sou de curitiba e estou em recife. quando é que vcs vão tocar aqui? onde encontro vcs? quando e onde vcs ensaiam?

ps.: já comprei o CD oficial. tinha um pirata, mas resolvi dar uma força, hehe

11:46 AM

 

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